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Computação neuromórfica é a chave impulsionar eficiência energética
A Holanda está consolidando uma estratégia nacional para desenvolver a computação neuromórfica, tecnologia que emula o funcionamento do cérebro humano para processar informações com menor consumo energético. O objetivo é posicionar o país como referência global nesse campo, unindo esforços de universidades, empresas e órgãos governamentais.
Segundo o professor Johan Mentink, da Universidade Radboud, “computadores digitais atuais utilizam processos que consomem muita energia para manipular dados”. Ele destaca que, ao contrário dos sistemas tradicionais que separam memória e processamento, a computação neuromórfica integra essas funções, reduzindo a necessidade de transferir dados e, consequentemente, o gasto energético.
Um white paper coordenado pela Universidade Radboud enfatiza a expertise holandesa na área e propõe a criação de uma coalizão nacional para coordenar esforços futuros, alinhando-se a outras tecnologias-chave. A iniciativa visa fortalecer a posição do país em computação neuromórfica, promovendo sinergias com setores como semicondutores, inteligência artificial, computação quântica e fotônica.
Em março, uma delegação holandesa realizou uma missão de inovação no Reino Unido para discutir colaborações em computação neuromórfica. O evento contou com representantes de universidades, indústrias, startups e formuladores de políticas, buscando fortalecer parcerias e explorar oportunidades bilaterais.
A tecnologia já apresenta aplicações práticas, como câmeras baseadas em eventos que consomem energia apenas quando detectam mudanças no campo de visão. Esses sensores representam um exemplo inicial de tecnologia neuromórfica em ação, com potencial para uso em agricultura de precisão, setor energético e serviços de saúde.
O governo holandês identificou a computação neuromórfica como uma das 44 tecnologias-chave para o futuro do país, priorizando-a em agendas nacionais. A abordagem integrada busca conectar essa tecnologia às agendas de inteligência artificial e dados, além de promover interações com outras áreas tecnológicas.
Com previsões de crescimento significativo até 2030, a computação neuromórfica representa uma aposta estratégica da Holanda para enfrentar desafios energéticos e ambientais, além de impulsionar a inovação tecnológica.
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O post Computação neuromórfica é a chave impulsionar eficiência energética aparece primeiro em Startupi e foi escrito por Tiago Souza