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Legaltechs brasileiras expandem soluções digitais para o setor jurídico

Tecnologia

Startupi Legaltechs brasileiras expandem soluções digitais para o setor jurídico O Dia do Advogado, celebrado em 11 de agosto, destaca também o impacto crescente da tecnologia na prática jurídica. O mercado global de legaltechs, empresas que digitalizam e simplificam serviços jurídicos, deve alcançar US$ 29,6 bilhões em 2024 e projetar crescimento para US$ 68 bilhões até 2034, segundo o Future Market Insights. No Brasil, esse segmento ganha força desde a fundação da Associação Brasileira de Lawtechs e Legaltechs (AB2L), em 2017, com expansão de mais de 300% no número de startups associadas. Essas iniciativas buscam aproximar cidadãos, escritórios e empresas, oferecendo ferramentas digitais para gestão, automação e análise jurídica. Para Jairo C. Lamatina, fundador da Defendy, a transformação é estrutural: “A tecnologia está mudando o papel do advogado e aproximando o cidadão comum da Justiça. Quando uma pessoa resolve seu problema jurídico de forma rápida e segura pelo celular, o direito se torna mais acessível”. Entre as soluções em operação no país, seis legaltechs ilustram diferentes aplicações da tecnologia no setor: Defendy — Acesso à Justiça e inclusão socialA plataforma conecta cidadãos das classes C, D e E a advogados verificados. Utiliza inteligência artificial para interpretar a demanda e direcionar ao profissional adequado, oferecendo suporte desde a triagem até a primeira consulta. O modelo busca atender milhões de brasileiros sem orientação jurídica regular. Legalcloud — Produtividade e gestão processualFerramenta voltada para advogados e escritórios, centraliza prazos e processos. Automatiza tarefas e monitora andamentos judiciais, evitando perda de prazos e otimizando fluxos de trabalho. Conta com reconhecimento por diferentes seccionais da OAB e é usada por milhares de profissionais em todo o país. Docket Brasil — Automação documental e due diligenceA solução organiza a obtenção de documentos e certidões para empresas e escritórios, reduzindo burocracia. Agiliza operações corporativas e procedimentos de verificação que antes demandavam semanas, impactando custos e tempo de tramitação. DataLawyer — Jurimetria e análise de dadosPlataforma que utiliza inteligência artificial para examinar decisões judiciais e prever tendências em disputas trabalhistas e federais. Permite que advogados e departamentos jurídicos baseiem decisões em dados históricos e estatísticas, ampliando previsibilidade em estratégias processuais. Escavador — Pesquisa jurídica e monitoramentoServiço que disponibiliza informações de processos, perfis acadêmicos e empresariais, com integração a tribunais e Diários Oficiais. Disponibiliza API para consultas automatizadas e é amplamente usado por jornalistas, empresas e escritórios que precisam acompanhar processos ou investigar dados jurídicos. Juridoc — Automação de documentos jurídicosPlataforma que possibilita a geração de contratos e documentos personalizados de forma digital. Utiliza inteligência artificial em parceria com o IBM Watson, oferecendo opção de elaboração sem acompanhamento contínuo, voltada a pequenas e médias empresas que precisam controlar custos e agilizar operações. O avanço dessas ferramentas reflete mudanças no perfil da advocacia e no acesso à Justiça. No campo social, iniciativas como a Defendy têm potencial de atingir populações que enfrentam barreiras geográficas, econômicas e de informação. No segmento corporativo, soluções como Docket Brasil e DataLawyer respondem à demanda por eficiência e gestão baseada em dados. A integração entre tecnologia e direito também cria desafios regulatórios. No Brasil, a OAB mantém diretrizes para atuação digital, e startups do setor adaptam suas operações para garantir conformidade. Esse movimento tende a evoluir à medida que cresce a digitalização de serviços públicos e a interoperabilidade de sistemas judiciais. A Defendy, por exemplo, opera com foco no cumprimento de normas, oferecendo um fluxo que vai da análise do caso ao agendamento da primeira consulta. Fundada por Jairo C. Lamatina, advogado com experiência internacional em escritórios globais e formação em instituições como Vanderbilt University, George Washington University e London School of Economics, a startup foi concebida para democratizar o acesso a serviços jurídicos no país. A tendência indica que o setor jurídico brasileiro continuará incorporando soluções de automação, inteligência artificial e análise de dados nos próximos anos. A expectativa é de que, além de ampliar o alcance da advocacia, essas tecnologias melhorem a qualidade da prestação de serviços e reduzam gargalos históricos. No cenário global, a consolidação das legaltechs acompanha transformações em outros segmentos, como fintechs e healthtechs, que também surgiram para digitalizar setores tradicionais. No Brasil, o crescimento acelerado de startups jurídicas mostra que a demanda por soluções digitais é sólida e tende a aumentar, especialmente diante da complexidade regulatória e do volume de processos em tramitação no país. Assim, a comemoração do Dia do Advogado se soma a um momento de adaptação e expansão para a profissão. Entre oportunidades e novos modelos de trabalho, a tecnologia assume papel central na redefinição das práticas jurídicas, conectando mais pessoas, simplificando procedimentos e moldando um ecossistema jurídico mais integrado. Aproveite e junte-se ao nosso canal no WhatsApp para receber conteúdos exclusivos em primeira mão. Clique aqui para participar. Startupi | Jornalismo para quem lidera inovação! 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11 de agosto de 2025 / 0 Comentários
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RPE adquire 100% da operação da Elevaty

Tecnologia

Startupi RPE adquire 100% da operação da Elevaty A RPE anunciou a aquisição de 100% da Elevaty, empresa especializada em fatura digital e gestão de relacionamento. O negócio integra o movimento de fusões e aquisições iniciado em 2023, que já incorporou a Parcele Pag e a Infocards, e que neste ano adicionou ao portfólio também a Mob4Pay, Esphero, Fiabilité e Izatta. Com as novas operações, a companhia amplia sua presença no varejo nacional com um ecossistema robusto de soluções financeiras e de engajamento. A adquirida passa a atuar dentro da RPE Conecta, unidade focada em comunicação multicanal, campanhas de engajamento e retail media. A ideia é unir tecnologia, dados e inteligência para transformar interações entre marcas e consumidores em experiências mais eficazes e personalizadas. Fundada por Guilherme Honório, também CEO da Smart NX, a Elevaty manterá sua equipe original e seu propósito, agora com mais estrutura e escala. “A Elevaty nasceu com o objetivo de trazer maior eficiência na tratativa de faturas digitais e distribuição inteligente para o cliente final. Entrar para a RPE neste momento é um passo natural, que amplia a capacidade de atuação e conecta o propósito de times com os mesmos valores”, afirma Honório. Aquisição deve ajudar RPE a avançar no varejo Para o CEO e fundador da RPE, Édrei Costa, a fusão fortalece a entrega de soluções completas ao varejo. “A Elevaty é uma empresa que sempre admiramos pela capacidade de inovação e proximidade com o cliente. Esse movimento torna a RPE maior e ainda mais completa, preparada para entregar soluções integradas com escala, inteligência e alto impacto no mercado”, diz. A relação entre Costa e Honório vem de mais de uma década, marcada pela parceria entre a RPE e a Smart NX, referência nacional em transformação de experiência do cliente (CX) e comunicação omnichannel, atendendo 30 dos 50 maiores varejistas do país. A parceria entre as empresas seguirá ativa, aproveitando sinergias tecnológicas e reforçando o compromisso de ambas com inovação e eficiência. A companhia já conta com mais de 250 milhões de transações anuais, 40 milhões de contas cadastradas e uma carteira com mais de 70 grandes varejistas. Aproveite e junte-se ao nosso canal no WhatsApp para receber conteúdos exclusivos em primeira mão. Clique aqui para participar. Startupi | Jornalismo para quem lidera inovação! O post RPE adquire 100% da operação da Elevaty aparece primeiro em Startupi e foi escrito por Cecília Ferraz

11 de agosto de 2025 / 0 Comentários
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Record inaugura transmissão experimental da DTV+ e prepara nova era da televisão aberta

Tecnologia

A Record está ampliando os testes da nova geração da televisão digital no Brasil ao experimentar seu sinal em 4K/DTV+ não apenas pelo sinal terrestre, mas também via satélite, em parceria com a SpeedCast. Essa iniciativa inclui a oferta de até 6 canais na tecnologia DTV+ pelo satélite Star One D2, com exposição prevista na feira SET Expo, um evento de referência no setor de tecnologia de televisão. >>>Clique aqui para seguir o canal do GCMAIS no WhatsApp<<< Enquanto a Globo inaugurou a primeira estação-piloto privada da TV 3.0 (também chamada de Digital Television Plus ou DTV+) no Pico do Sumaré, no Rio de Janeiro, para transmissões experimentais em 4K HDR, a Record avança com seus próprios testes que mostram a expansão da tecnologia para múltiplas plataformas. Essa nova etapa demonstra o esforço em integrar a TV aberta à economia digital, oferecendo qualidade de imagem superior, áudio imersivo e interatividade, mantendo a gratuidade característica do modelo aberto. Os testes de DTV+ em sinal terrestre já ocorrem experimentalmente em algumas cidades, com cronograma definido: 29 de abril de 2025: Rio de Janeiro 18 de agosto de 2025: São Paulo 2 de dezembro de 2025: Brasília Especificamente em São Paulo, desde o dia 8 de agosto, o transmissor duplo da Rohde & Schwarz foi ativado para que emissoras e fabricantes realizem testes práticos da nova tecnologia, com os testes mais amplos previstos para 18 de agosto de 2025. Record inaugura transmissão experimental da DTV+ A tecnologia DTV+ promete várias inovações para o público e o mercado, tais como: Qualidade de imagem em resolução 4K e HDR, com visão futura de até 8K. Som envolvente e personalizado, simulando experiências cinematográficas. Interatividade, com possibilidade de responder a enquetes, fazer compras via controle remoto e receber publicidade segmentada geograficamente. Personalização da experiência, com cada usuário obtendo conteúdo e anúncios sob medida, integrando funcionalidades digitais sem necessidade obrigatória de internet, embora a conexão amplie as opções disponíveis. Esses avanços indicam o fim do modelo tradicional de “zapping” entre canais, com a TV configurando-se mais como uma plataforma de apps que entregam conteúdo customizado diretamente para o espectador, aproximando a TV aberta das dinâmicas digitais atuais. Com a Record testando sua assinatura 4K/DTV+ também via satélite, em complemento ao sinal terrestre, há uma estratégia clara para a ampliação da cobertura e do alcance da nova TV 3.0 no Brasil, antecipando uma chegada mais robusta das emissoras à era digital avançada, prevista para se consolidar comercialmente a partir de 2026. TV Cidade Fortaleza sai na frente O cronograma prevê a implantação da TV 3.0, ao longo de 2026, nas principais capitais e cidades do Brasil, expandindo para todo o território nacional ao longo dos anos seguintes. A TV Cidade Fortaleza, por meio da Zedia, uma plataforma de mídia com entretenimento gratuito e suporte para anúncios interativos e programáticos, já experimenta a interatividade com o público. Esse recurso de avaliação permite que a emissora possa identificar como os usuários reagem ao conteúdo, podendo relacionar o impacto da qualidade na audiência e entendendo a demanda por novos conteúdos mais atrativos. Além de fazer com o que o telespectador participe ativamente do que está assistindo, a nova ferramenta apresenta formatos digitais e personalizados — TV linear, TV conectada, TV endereçável — entrega experiência para os anunciantes. Essa tecnologia de interatividade é uma das principais características da TV 3.0 que será implantada no Brasil. A proposta da TV 3.0 é, portanto, oferecer ao público um controle muito maior sobre a forma de consumir conteúdo na televisão. “Então, o telespectador que está acostumado a controlar a jornada dele em diversos devices, a gente poder dar essa possibilidade dele controlar a jornada dele na TV aberta. Então, se ele quer consumir um outro tipo de conteúdo, se ele quer interagir e participar ativamente de um programa, ele pode usar o controle remoto para ser esse controlador da jornada dele”, explica João Vítor Castro, diretor de Operações da Zedia. Segundo ele, o novo sistema permitirá interações em tempo real, enquetes ao vivo e acesso a aplicativos diretamente na TV. No Ceará, a TV Cidade Fortaleza é a primeira emissora no Ceará a implantar a tecnologia da interatividade, marcando um avanço histórico para a comunicação no estado. “O Grupo Cidade, através da TV Cidade, afiliada à Record no Estado, traz uma grande novidade para todos os telespectadores, que é uma interatividade na TV aberta. Hoje, nós conseguimos exatamente interagir com todas as TVs smarts conectadas à internet. E isso é um grande avanço, que vai levar conteúdo relevante, personalizado, mas, principalmente, levando informação de qualidade para todos esses telespectadores, através da TV aberta, dentro das TVs conectadas. Então isso, de fato, é um grande marco que o Grupo Cidade, através da TV Cidade, traz para o estado de Ceará”, reforça Edson Ferreira, diretor-geral do Grupo Cidade de Comunicação. Com essa transformação, a TV aberta reafirma sua relevância e dá um passo importante rumo ao futuro da comunicação, mantendo-se próxima do público e oferecendo experiências cada vez mais completas e interativas. “Já estamos em fase de teste, já executamos há mais de dois meses e já verificamos todas as funcionalidades e é algo realmente fantástico. Enquetes já são feitas, dados coletados de todas as TVs, ou seja, hoje nós conseguimos de fato endereçar a comunicação para todos os nossos usuários da TV Cidade”, completa Edson Ferreira. >>>Siga o GCMAIS no Google Notícias<<< O que é TV 3.0 (DTV+) A primeira geração de televisão foi a analógica, limitada à transmissão em preto e branco — a chamada TV 1.0. Com o advento da TV digital e a adoção de imagens em cores, chegou-se à TV 2.0. Agora, o Brasil se prepara para receber a terceira geração: a TV 3.0, ou Digital Television Plus (DTV+), como foi oficialmente nomeada pelo Fórum do Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre em 2024. Assim como na virada do analógico para o digital, a migração para a TV 3.0 será gradual e contará com o apoio do governo e da indústria para garantir

11 de agosto de 2025 / 0 Comentários
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Estágio em startups: empresas têm mais de 100 vagas para estudantes

Tecnologia

Startupi Estágio em startups: empresas têm mais de 100 vagas para estudantes Onfly – 60 vagas A Onfly, especializada em gestão de viagens e despesas corporativas, lançou o Recruta Onfly, programa de estágio e trainee com 60 vagas nas áreas comercial e tech, em Belo Horizonte e região metropolitana. As inscrições vão até 8 de setembro. Para estágio, é necessário estar cursando graduação; para trainee, ter formação a partir de dezembro de 2022 ou previsão até dezembro deste ano em áreas como administração, engenharia, economia, tecnologia, marketing, design e afins. É preciso residir ou ter disponibilidade para mudança para BH, além de disponibilidade para viagens. As vagas comerciais são presenciais e as de tecnologia, híbridas.  O processo seletivo inclui inscrição e testes online, entrevistas por vídeo e presenciais. O programa, com início em outubro, dura 12 meses e oferece trilha de aprendizagem, mentoria, plano de saúde e salários entre R$ 1.800 (estágio) e R$ 4.500 (trainee), com possibilidade de bonificação ao final, além de benefícios como plano de saúde e setup completo para trabalho. Mais informações no site da Onfly. Schneider Electric – 50 vagas A Schneider Electric abriu inscrições para o Programa de Estágio 2025, com mais de 50 vagas em áreas como logística, finanças, planejamento, compras, sustentabilidade, TI, RH, automação industrial e operações. As oportunidades estão em São Paulo, Cajamar, Blumenau e São José dos Pinhais, com inscrições até 20 de setembro. O programa dura um ano, podendo ser renovado por mais um, e é voltado para estudantes com conclusão de curso a partir de dezembro de 2026 e disponibilidade para estagiar seis horas por dia.  Os estagiários terão benefícios como assistência médica e odontológica, seguro de vida, vale-refeição, vale-transporte, Wellhub, cursos na Coursera, dress code e horários flexíveis, além de day-off no aniversário. Clique aqui para saber mais! Griaule – 7 vagas A Griaule, empresa de tecnologia de ponta que desenvolve soluções de reconhecimento facial e impressões digitais, está com sete oportunidades de emprego. Os salários oferecidos começam em R$ 6 mil para uma posição de analista de suporte, R$ 8 mil para quatro vagas de gerente de produto e R$ 7 mil para uma vaga de designer UX. A empresa também tem uma posição aberta para gerente de desenvolvimento de negócios para trabalhar presencialmente em Brasília, com salário a combinar. As demais posições são para atuar na sede da empresa, em Campinas, interior de São Paulo. As vagas são para contratação imediata, em regime CLT, e exigem formação em engenharia, computação e áreas correlatas, com exceção da vaga de designer. Além da remuneração competitiva, a Griaule oferece a possibilidade de participação nos lucros e resultados da empresa, plano de saúde sem coparticipação, plano odontológico, vale-alimentação e vale-refeição, seguro de vida e um serviço de acesso a atividades físicas.  Para mais informações e detalhes das vagas, acesse o site da empresa. CSU Digital – 10 vagas A CSU Digital, referência em tecnologia para meios de pagamento, customer experience, fidelização e incentivos, está com vagas abertas em Barueri (SP) e banco de currículos para Recife (PE). As oportunidades incluem cargos como analista, assistente, auxiliar de TI (PCD), coordenador de compliance e especialista financeiro, além de posições exclusivas para PCDs e atendimento.  As contratações são CLT e variam entre presencial e híbrido. A empresa oferece vale alimentação ou refeição, vale transporte, assistência médica e odontológica, auxílio farmácia, auxílio creche e salário família, seguro de vida, Sesc, sessões de massoterapia, consultas com ginecologista e clínico geral, cursos e treinamentos e descontos em parceiros. Inscrições pelo site da CSU Digital. Aproveite e junte-se ao nosso canal no WhatsApp para receber conteúdos exclusivos em primeira mão. Clique aqui para participar. Startupi | Jornalismo para quem lidera inovação! O post Estágio em startups: empresas têm mais de 100 vagas para estudantes aparece primeiro em Startupi e foi escrito por Cecília Ferraz

11 de agosto de 2025 / 0 Comentários
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Por que a liquidez se tornou o novo símbolo de segurança patrimonial da elite brasileira

Tecnologia

Startupi Por que a liquidez se tornou o novo símbolo de segurança patrimonial da elite brasileira * Por Daniel Gava Nos últimos anos, o cenário econômico brasileiro tem exigido mudanças profundas na forma como o patrimônio é gerido, inclusive entre a classe alta. Com a escalada das taxas de juros, inflação persistente e a crescente seletividade do crédito, um novo critério passou a dominar o planejamento: a liquidez. Em vez da antiga lógica de valorização patrimonial baseada no acúmulo de bens físicos, como imóveis, o foco agora passou a estar atrelado à capacidade de transformar ativos em caixa de forma rápida e eficiente. Ter acesso imediato a recursos líquidos passou a significar poder, autonomia e resiliência em um ambiente onde as oportunidades e riscos aparecem com velocidade inédita. Toda essa mudança se dá diante de um cenário ímpar. A taxa Selic voltou aos patamares históricos de 14,75% ao ano (níveis que não víamos desde 2006), enquanto a inflação se mantém acima de 5,5% em 12 meses. Essa combinação volátil criou um ambiente onde o crédito se tornou mais caro e escasso. O resultado é a queda do apetite por endividamento de alto valor, mesmo entre os mais ricos, que passaram a revisar suas carteiras com atenção ao custo de oportunidade de manter capital imobilizado. Nesse contexto, imóveis residenciais de alto padrão, tradicionalmente vistos como símbolos de solidez, passaram a ser reavaliados em suas carteiras. Embora ainda representem cerca de 35% do portfólio patrimonial da elite brasileira, muitos perceberam que é possível obter maiores retornos alocando recursos em outras frentes, sobretudo renda fixa ou crédito privado. O rendimento nominal de dois dígitos e a ausência de volatilidade tornaram essas aplicações pra lá de atrativas em comparação à rentabilidade limitada da locação residencial. Mais do que isso, o imóvel, por sua natureza ilíquida, dificulta a resposta rápida a situações críticas. Estourados certos gatilhos, sejam eles eventos sucessórios, oportunidades de investimentos ou crises cambiais, muitas famílias são forçadas a vender rapidamente ou buscar capital emergencial. Nesse cenário, o tempo de saída torna-se um novo gargalo, já que, segundo a Abrainc, a venda de imóveis tende a levar cerca de 12 a 16 meses, inviabilizando o acesso ao capital imediato. Uma prova dessa mudança de mentalidade pode ser notada ao acompanharmos de perto as movimentações e práticas dos family offices, que passaram de 80 em 2020 para 146 em 2023 no território brasileiro. Com a conjectura atual, muitas dessas estruturas passaram a recorrer a operações como sale-leaseback ou fundos imobiliários de giro rápido, transformando ativos de “tijolo” em capital líquido sem abrir mão do usufruto. É o retrato de uma nova era em que o patrimônio é visto e moldado como algo móvel, flexível e com adaptabilidade. Vamos entender esse raciocínio na ponta do lápis: enquanto R$1 milhão aplicado a CDI rende pouco mais de R$147 mil por ano, o mesmo valor atrelado a um imóvel gera apenas um aluguel implícito de menor resultado e um potencial de valorização de longo prazo. Quando o custo do dinheiro beira 15% ao ano, como é o que temos hoje, para quem precisa de capital, o patrimônio imobilizado passa a representar risco, e não mais segurança. Por outro lado, pessoas com patrimônio imobilizado que precisam recorrer a modalidades tradicionais de crédito estão enfrentando dissabores amargos dado que as taxas de crédito pessoas física e jurídica dispararam, com produtos tradicionais operando com custos entre 30% a 70% ao ano, o que torna desafiador qualquer operação neste multiplicador de capital. A própria alta nas retomadas de imóveis pelos bancos, que vem crescendo basicamente 10% ao ano nesta década, só reforça essa visão. Um ativo mal posicionado pode virar passivo rapidamente. Ao contrário da visão de outrora, liquidez não é mais sinônimo de fragilidade ou capital ocioso. Passou a ser compreendido que dinheiro líquido representa agilidade, resiliência e capacidade de reação. Ter caixa se tornou sinônimo de poder de negociação, seja para renegociar dívidas em condições mais vantajosas, ou para capturar ativos descontados em mercados estressados. Além disso, o movimento também está relacionado à autonomia. Ter capital líquido representa liberdade e poder de escolha. Se antes a segurança estava em “ver e tocar” os bens acumulados, hoje está na liberdade de realocar recursos conforme o ambiente exige, sem a burocracia e o custo de liquidação forçada. Em síntese, a liquidez tornou-se, para a elite brasileira, uma espécie de escudo de proteção patrimonial e ferramenta de crescimento. Quase que simultaneamente, o imóvel deixou de ser um fim em si mesmo e passou a ser visto como meio para destravar valor, ampliar horizontes e atravessar os ciclos econômicos com planejamento e inteligência financeira. Em tempos de juros altos, o capital líquido é um luxo silencioso. *Daniel Gava, CEO e fundador da Rooftop, proptech pioneira e única no Brasil a realizar liquidez imediata de imóveis residenciais de alto padrão por meio do HomeCash. Aproveite e junte-se ao nosso canal no WhatsApp para receber conteúdos exclusivos em primeira mão. Clique aqui para participar. Startupi | Jornalismo para quem lidera inovação! O post Por que a liquidez se tornou o novo símbolo de segurança patrimonial da elite brasileira aparece primeiro em Startupi e foi escrito por Convidado Especial

10 de agosto de 2025 / 0 Comentários
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76% dos pais se sentem culpados por priorizar o trabalho, revela Infojobs

Tecnologia

Startupi 76% dos pais se sentem culpados por priorizar o trabalho, revela Infojobs Uma pesquisa inédita do Infojobs, realizada em parceria com Richard Uchoa, revela os desafios enfrentados pelos pais brasileiros para conciliar paternidade e vida profissional, além da falta de apoio efetivo das empresas nesse cenário. O levantamento, obtido com exclusividade pelo Startupi, ouviu mais de 400 profissionais, dos quais 74% são pais, com 87% deles morando com os filhos. Apesar dos desafios, 70% dos pais afirmaram que após o nascimento dos filhos se tornaram mais produtivos, focados e com prioridades mais claras. Para 16%, não houve mudanças significativas, enquanto 13% relataram impactos negativos na carreira, como menor disponibilidade e perda de oportunidades. Culpa, falta de apoio e flexibilidade de trabalho são principais fatores de culpa para os pais Um dos principais obstáculos é o sentimento de culpa: 76% dos profissionais consultados dizem sentir-se culpados sempre ou às vezes por priorizarem o emprego em detrimento do tempo com os filhos, especialmente por não conseguirem cumprir tudo o que consideram ideal. Sobre a participação em momentos importantes na vida dos filhos, como reuniões escolares ou consultas médicas, apenas 38% contam com flexibilidade nas empresas para esses compromissos. Outros 34% afirmam não ter esse apoio, e 28% podem até ter a possibilidade, mas raramente comparecem, deixando essas tarefas para a mãe ou outros familiares. A maior barreira apontada pelos entrevistados é a carga de trabalho e a falta de flexibilidade (39%), seguida por dificuldades pessoais em organizar e priorizar o tempo em família (18%). Além disso, 46% dos participantes afirmam que suas empresas não possuem políticas específicas de apoio à paternidade. Entre os profissionais sem filhos, 44% desconhecem se a empresa oferece alguma medida nesse sentido, e 30% dizem que não existem políticas. Essa falta de acolhimento impacta o engajamento profissional: 46% dos pais acreditam que são vistos como menos comprometidos por priorizarem a família. Por outro lado, 40% dos profissionais sem filhos sentem que são percebidos como mais equilibrados e responsáveis. Os resultados apontam para a necessidade de as empresas criarem ambientes mais flexíveis e acolhedores, que considerem as diversas realidades dos trabalhadores. Além de beneficiar diretamente os pais, essas mudanças também contribuem para a equidade de gênero, promovendo um melhor equilíbrio na divisão das responsabilidades familiares. Aproveite e junte-se ao nosso canal no WhatsApp para receber conteúdos exclusivos em primeira mão. Clique aqui para participar. Startupi | Jornalismo para quem lidera inovação! O post 76% dos pais se sentem culpados por priorizar o trabalho, revela Infojobs aparece primeiro em Startupi e foi escrito por Cecília Ferraz

10 de agosto de 2025 / 0 Comentários
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Formação gratuita prepara jovens para as carreiras do futuro com inteligência artificial

Tecnologia

Startupi Formação gratuita prepara jovens para as carreiras do futuro com inteligência artificial A LPD Hive, empresa de tecnologia especializada em AI SaaS, em parceria com a Mais1Code – escola de programação gratuita, lançam o IMPULSE-AI, um programa de formação intensiva que capacita novos talentos para atuar no setor de tecnologia. Essa iniciativa ganha ainda mais relevância diante do cenário global: segundo um relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), um em cada quatro empregos no mundo será transformado pela inteligência artificial generativa nos próximos anos,  reforçando a necessidade de formação qualificada para essa nova realidade do mercado de trabalho. Com duração de seis meses, o curso é dividido em sete módulos: Fundamentos da nova era: introdução à inteligência artificial, suas aplicações práticas e o pensamento computacional. Ferramentas: Python, Google Colab, VS Code. Python para IA: manipulação e visualização de dados com bibliotecas como Pandas, NumPy, Matplotlib e Seaborn. Desenvolvimento de projetos iniciais. Machine Learning na prática: construção de modelos preditivos com algoritmos de regressão, classificação e clustering. Aplicações reais e análise de padrões. LLMs e o poder dos modelos de linguagem: uso estratégico de ferramentas como ChatGPT, Claude e Gemini.  IA Multimodal: geração de conteúdos visuais, sonoros e audiovisuais com ferramentas como ComfyUI, Runway ML, ElevenLabs e Suno. Entrega: asset multimodal para redes sociais. Agentes autônomos: construção de agentes inteligentes com o Google Agentic Stack. Compreensão de raciocínio autônomo e tomada de decisão. Desenvolvimento com IA: criação de soluções com IA copiloto (Claude Code, Cursor, Gemini Assistent), integrações avançadas e automações. Aplicação dos MCPs (Model Context Protocol) em áreas estratégicas das empresas. “Desde o início, os alunos desenvolvem projetos práticos com potencial de aplicação no mercado”, explica Fábio Santos, CEO da LPD Hive. “Quando um jovem periférico domina a IA, ele não está apenas mudando sua vida, está reescrevendo as regras do jogo”, enfatiza. A Mais1Code, que já formou 700 profissionais em tecnologia, assumiu o compromisso de garantir que pelo menos 50% dos selecionados concluam o programa. Caso contrário, a formação será refeita sem custo.”Sabemos que é difícil. Evasão em projetos sociais é realidade. Por isso, selecionamos 20 para formar 10. Preferimos 10 formados do que 5″, conclui Diogo Bezerra, Gerente de Projetos da Mais1Code. As inscrições ficarão disponíveis até o dia 28 de agosto através deste link. Aproveite e junte-se ao nosso canal no WhatsApp para receber conteúdos exclusivos em primeira mão. Clique aqui para participar. Startupi | Jornalismo para quem lidera inovação! O post Formação gratuita prepara jovens para as carreiras do futuro com inteligência artificial aparece primeiro em Startupi e foi escrito por Tiago Souza

10 de agosto de 2025 / 0 Comentários
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Dia dos Pais 2025: e-commerce brasileiro projeta faturamento superior a R$ 7 bilhões

Tecnologia

Startupi Dia dos Pais 2025: e-commerce brasileiro projeta faturamento superior a R$ 7 bilhões O comércio eletrônico brasileiro espera ultrapassar a marca de R$ 7 bilhões em faturamento durante o período do Dia dos Pais em 2025, representando um crescimento moderado em relação ao ano anterior. Segundo projeções do mercado, o ticket médio deve subir para aproximadamente R$ 530, indicando maior interesse dos consumidores por presentes mais sofisticados e de maior valor. O Dia dos Pais é uma das datas comemorativas mais relevantes para o varejo digital no Brasil. Conforme a consultoria Bertholdo, o e-commerce deve registrar crescimento entre 2% e 5% em faturamento na comparação com 2024. Já a Admitad projeta um aumento de até 15% no volume de vendas, superando os recordes anteriores em mais de 5%. Expectativas e preparação das empresas para o Dia dos Pais Uma pesquisa quantitativa realizada pela SumUp com empreendedores brasileiros revela otimismo em relação às vendas do Dia dos Pais em 2025. Entre os entrevistados, 45,9% estão otimistas, 45,8% se mantêm neutros e apenas 8,3% demonstram pessimismo. Os setores de beleza, higiene e cosméticos lideram o otimismo, com 64,7% dos empreendedores confiantes, seguidos pelo setor de alimentação, com 62,5%. Empresas com faturamento superior a 10 salários mínimos e forte presença online apresentam índices de otimismo ainda maiores, acima de 57%. Geograficamente, a Região Norte apresenta o maior índice de otimismo (73,9%), enquanto o Sudeste mostra menor entusiasmo (24,6%). Quanto à preparação, 33% dos empreendedores começam os planejamentos com mais de um mês de antecedência, enquanto 27,3% não realizam nenhum tipo de preparação. A maioria (55,3%) pretende lançar ações promocionais para a data, incluindo brindes (47,8%), descontos (41,6%) e programas de fidelização (24,8%). O segmento de beleza se destaca, com 94,1% dos empresários planejando promoções, enquanto apenas 23,8% dos profissionais da saúde adotam essa prática. Regionalmente, o Norte lidera o planejamento promocional, com 81,8% dos empreendedores organizando ações, em contraste com 43,5% no Centro-Oeste. Mariana Lazaro, CFO da SumUp para Américas, destaca: “A digitalização e a adaptação estratégica são diferenciais claros para o sucesso, especialmente para quem possui forte presença online. A proatividade e o planejamento são cruciais para conversão em datas de alta demanda.” Além disso, 63,2% dos empreendedores acreditam que as vendas do Dia dos Pais de 2025 superarão as de 2024, reforçando um cenário positivo para o comércio digital. Dicas para pequenas e médias empresas venderem mais nas redes sociais Para ajudar PMEs e empreendedores a aproveitarem melhor o potencial do Dia dos Pais, a mLabs, plataforma brasileira líder em gestão inteligente de mídias sociais, recomenda estratégias específicas: Apostar no formato de conteúdo que mais engaja em cada setor (reels para moda, alimentos e beleza; imagens estáticas e carrosséis para tecnologia). Criar vídeos curtos com narrativa que humanizem a marca, mostrando bastidores, depoimentos e relações reais. Utilizar carrosséis para apresentar soluções completas, como kits de presente e listas de benefícios, aumentando o tempo de visualização. Segmentar campanhas para públicos específicos, personalizando as mensagens conforme o nicho. Facilitar a jornada de compra com links diretos, marcação de produtos e recursos como Instagram Shopping e WhatsApp. Rafael Kiso, fundador e CMO da mLabs, destaca que “integrar dados, criatividade e uma experiência de compra fluida será o diferencial competitivo, especialmente em datas sazonais como o Dia dos Pais.” Aproveite e junte-se ao nosso canal no WhatsApp para receber conteúdos exclusivos em primeira mão. Clique aqui para participar. Startupi | Jornalismo para quem lidera inovação! O post Dia dos Pais 2025: e-commerce brasileiro projeta faturamento superior a R$ 7 bilhões aparece primeiro em Startupi e foi escrito por Cecília Ferraz

9 de agosto de 2025 / 0 Comentários
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O silêncio é o novo risco corporativo

Tecnologia

Startupi O silêncio é o novo risco corporativo *Por Tatiana Pimenta “Você tem o direito de permanecer calado. Tudo o que disser poderá e será usado contra você.” Essa frase, repetida à exaustão em séries como CSI ou Law & Order, não pertence ao mundo corporativo mas, em muitas empresas, é exatamente assim que as pessoas se sentem. Elas não falam porque têm medo. Medo de represália, de julgamento, de serem rotuladas como problemáticas ou frágeis. E onde há medo, o silêncio se instala. E o silêncio, nesse contexto, não é diplomacia, é risco corporativo. O consultor Patrick Lencioni, no clássico Os 5 Desafios das Equipes, explica que a ausência de confiança é a base de todas as disfunções que comprometem os resultados de uma organização. Sem confiança, há medo do conflito. Sem conflito, não há debate. Sem debate, não há inovação. O time se cala e o que poderia ser resolvido numa boa conversa vira presenteísmo, afastamento ou crise. Segurança psicológica é o antídoto para esse medo. É o oposto da lógica do interrogatório policial. Em um ambiente seguro, as pessoas confiam que o que elas disserem não será usado contra elas. Erros não são punidos com vergonha. Vulnerabilidades não são tratadas como fraqueza. Feedbacks não geram retaliações. Falar a verdade não é um ato de coragem, é parte da rotina. Mas isso, infelizmente, ainda é exceção. Em muitas empresas, a cultura do silêncio segue forte. E os impactos são concretos. Segundo dados do Censo de Saúde Mental da Vittude, as empresas brasileiras possuem 31% de presenteísmo em sua força de trabalho. Ou seja, as pessoas continuam comparecendo ao trabalho, mas com sua capacidade produtiva comprometida por problemas de saúde, incluindo questões de saúde mental. E quando não se sentem seguros para dizer “não estou bem”, seguem adoecendo em silêncio. Isso custa caro: na saúde das pessoas, nos resultados das empresas e na credibilidade das lideranças. A ausência de segurança psicológica transforma o ambiente corporativo em um palco de máscaras. Pessoas escondem dúvidas para não parecerem incompetentes. Engolem desconfortos para não parecerem sensíveis demais. Fingem concordar para não serem vistas como resistência. Isso gera uma cultura de conformismo que bloqueia a inovação e paralisa o crescimento. Liderar com segurança psicológica é justamente criar as condições para que as pessoas possam ser reais com erros, dores, opiniões e perguntas. E para isso, não basta uma campanha no Setembro Amarelo. É preciso ação consistente, liderança madura e cultura de escuta ativa. O silêncio, quando não enfrentado, se transforma em crise.  E, quando explode, já é tarde demais para perguntar por que ninguém avisou.  A boa notícia? Isso é reversível, mas exige intencionalidade. Empresas que querem ser sustentáveis (humana, ética e financeiramente) precisarão transformar o medo em confiança, o silêncio em conversa e a omissão em aprendizado. Porque o risco real não está no que as pessoas dizem, está no que elas deixam de dizer. *Tatiana Pimenta é fundadora e CEO da Vittude, referência no desenvolvimento e gestão estratégica de programas de saúde mental para empresas. Engenheira civil de formação, com MBA Executivo pelo Insper e especialização em Empreendedorismo Social pelo Insead, escola francesa de negócios. Empreendedora, palestrante, TEDx Speaker e produtora de conteúdo sobre saúde mental e bem-estar, foi reconhecida em 2023 como LinkedIn Top Voice, e em 2024 como uma das 500 pessoas mais influentes da América Latina pela Bloomberg Línea. Aproveite e junte-se ao nosso canal no WhatsApp para receber conteúdos exclusivos em primeira mão. Clique aqui para participar. Startupi | Jornalismo para quem lidera inovação! O post O silêncio é o novo risco corporativo aparece primeiro em Startupi e foi escrito por Convidado Especial

9 de agosto de 2025 / 0 Comentários
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“A mão de obra é uma grande lacuna nas startups Inteligência Artificial no Brasil”, explica Jomar Silva da NVIDIA

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Startupi “A mão de obra é uma grande lacuna nas startups Inteligência Artificial no Brasil”, explica Jomar Silva da NVIDIA A primeira vez que o termo “Inteligência Artificial” foi usado na história data 1955, em uma proposta de workshop intitulada “A Proposal for the Dartmouth Summer Research Project on Artificial Intelligence,” submetida por estudiosos de Dartmouth College, Universidade de Harvard, IBM, e Laboratórios Bell. Pouco menos de setenta anos depois, em 2020, foi lançado o GPT-3, primeiro grande modelo de linguagem (LLM) da OpenAI e um dos primeiros do mundo. Desde então, a corrida de grandes empresas por Inteligência Artificial tem se intensificado, com a chegada de novos modelos, chatbots, habilidades; financiamentos milionários; novas startups e empresas focadas em pesquisas. A NVIDIA faz parte do desenrolar dessa história, porque seus chips permitiram que os computadores aprendessem a aprender, colocando o Teste de Turing na prática. A NVIDIA, chinesa e 6ª maior empresa do mundo, avaliada em US$ 700 bilhões, apesar de sua contribuição para o crescimento da IA no mundo, tem se preocupado com um aspecto crítico para que essa tecnologia continue a crescer, e se desprenda dos polos tecnológicos convencionais como Estados Unidos, China e Japão: a formação de novos profissionais na área. Para Jomar Silva, gerente de relacionamento com desenvolvedores para a América Latina na NVIDIA, o que freia o Brasil na corrida da IA, é a lacuna na educação e oportunidades de trabalho para profissionais focados nessa área. “A mão de obra, para mim, é uma grande lacuna por conta da capacitação de estudantes. Tirar um estudante da universidade pronto para trabalhar numa startup é muito difícil. A primeira faculdade do Brasil que teve graduação em IA é a Universidade Federal de Goiás, a primeira turma se formou no ano passado e 100% dos alunos saíram empregados”, explicou Silva em entrevista ao Startupi. Dados da universidade mostraram que os 15 alunos da primeira turma receberam, juntos, R$ 1,5 milhão durante a graduação por projetos contratados por grandes empresas. De acordo com o executivo, não falta capacidade nem interesse: a nota de corte do curso da UFG foi maior que a de medicina. Na verdade, faltam universidades que ensinem IA. “Agora a gente começa a ver diversas universidades lançando cursos de graduação em inteligência artificial, mas é algo que está começando agora. Algumas já começaram; outras, só no ano que vem. Isso significa que a gente tem três ou quatro anos até esse profissional chegar do outro lado”, afirma Jomar. Startups brasileiras enfrentam três grandes dificuldades na contratação de profissionais de IA Jomar também acredita que a familiaridade com games e tecnologia tem ajudado alunos a se adaptarem no meio. “A maioria dos estudantes hoje tem uma máquina com uma GPU para jogar, então isso está facilitando bastante para o pessoal poder aprender. Mas ainda existe um gap muito grande entre o estudante que sai da universidade e o estudante que a startup precisa para o trabalho do dia a dia”, conta. Para ele, o principal gap é proveniente do que se ensina em cursos, que mais dão visão geral do setor do que aprofundam em técnicas e pontos relevantes para o dia a dia na profissão.  “A realidade do desenvolvimento e da produção de IA é muito diferente do que eles veem na faculdade. Na faculdade, o cara vai estudar Python com data science usando o computador Windows dele para desenvolver. Na hora que ele chega no mundo real, vai desenvolver numa instância na nuvem. Aquilo lá não tem Windows, está rodando Linux. Ele tem que saber o mínimo de Linux para entrar ali, tem um ambiente de desenvolvimento. Então, tem esse primeiro gap, que é longo”.  Para Silva, outro ponto crítico é a falta de experiência estudantil com tecnologias que, de fato, são usadas no dia a dia no desenvolvimento de IA. “A maioria das pessoas não aprende, na universidade, a trabalhar com Kubernetes, com tecnologias de distribuição, ou, se vê, é de forma ampla, nada muito profundo. E dentro das próprias áreas de aplicação — ciência de dados, visão computacional e, agora, mais recentemente, as LLMs — o grau de conhecimento que um desenvolvedor precisa ter para, de fato, produzir IA é muito alto”, explica.  Segundo o especialista, isso acontece muito nas empresas, e não é exclusividade do Brasil. Colômbia, Argentina, Uruguai, e México também enfrentam dificuldades parecidas. A mais crítica para ele, no entanto, é a retenção de talentos em startups. “A startup contrata o menino quando ele sai da universidade, muitas vezes já oferece o estágio para ele. Ele leva um ano para ser capacitado e estar produtivo. E quando está capacitado e produtivo, o olho dele brilha com uma Big Tech, e aí ele acaba indo embora”, comenta. Durante a entrevista, Jomar aproveitou para relembrar como a empresa se tornou peça-chave da revolução da inteligência artificial. A história começa nos anos 1990, quando Jensen Huang, fundador da NVIDIA, percebeu que não bastava criar um hardware poderoso — era preciso um ecossistema de software capaz de explorá-lo. “Ele estava convencido de que o modelo de negócio funcionaria, mesmo sem saber que levaria 25 anos para dar certo”, brinca Silva. A virada veio apenas em 2012, quando pesquisadores usaram GPUs da empresa para rodar o AlexNet, rede neural que provou que a IA podia sair do campo teórico e ganhar aplicação prática. Daí em diante, a demanda era dobrar a capacidade de computação a cada seis meses — ritmo muito mais rápido que o da Lei de Moore. A resposta foi criar uma simbiose entre hardware e software, levando inovações do código diretamente para o chip, acelerando o processamento e economizando energia. Essa estratégia abriu caminho para tecnologias como o Transformer, do Google, incorporado nas GPUs da NVIDIA e fundamental para o surgimento de modelos como o ChatGPT. “A NVIDIA criou a onda da IA”, resume Jomar. IA é inegável e América Latina tem capacidade para avançar na corrida Para ele, quem nega o avanço e a relevância da Inteligência Artificial, está atrasado.

9 de agosto de 2025 / 0 Comentários
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